O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) celebra hoje 34 anos de sua criação. É um dos blocos de integração regional mais importante da América Latina. Em 26 de março de 1991, os presidentes de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram um Tratado na capital paraguaia, daí o nome do Tratado de Assunção. Está aberto à adesão de outros Estados membros da Associação Latino-Americana de Integração. Em agosto de 2024 entrou em vigor o Protocolo de Adesão do Estado Plurinacional da Bolívia com um prazo de até 4 anos para incorporar o acervo normativo do bloco.
Atualmente, a Argentina exerce a Presidência Pro Tempore conforme o Protocolo de Ouro Preto, que estabelece que esta deve ser exercida pelos Estados Partes, por rotação e em ordem alfabética, durante seis meses.
O MERCOSUL é um processo aberto e dinâmico, de caráter intergovernamental, onde cada Estado Parte tem um voto, e as decisões devem ser tomadas por consenso e com a presença de todos.
Conta com três órgãos decisórios: o Conselho do Mercado Comum (CMC), órgão superior do MERCOSUL, o qual conduz politicamente o processo de integração, o Grupo Mercado Comum (GMC), que vela pelo funcionamento cotidiano do bloco, e a Comissão de Comércio (CCM), encarregada da administração dos instrumentos comuns de política comercial.
Em suas mais de três décadas, o MERCOSUL criou organismos de caráter permanente para uma melhor implementação de suas políticas regionais. O primeiro órgão de caráter permanente, com sede em Montevidéu, é a Comissão de Representantes Permanentes do MERCOSUL (CRPM); esta mesma cidade é sede da Secretaría do MERCOSUL (SM) e do Parlamento do MERCOSUL (Parlasul); o Instituto de Social do MERCOSUL (ISM) e o Tribunal Permanente de Revisão (TPR), ambos com sede em Assunção; e o Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos (IPPDH), em Buenos Aires.
Neste período também foi criado o Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM), através do qual foram financiados por meio de recursos não reembolsáveis, quase 60 projetos apresentados pelos Estados Partes.
O MERCOSUL conta com um Estatuto da Cidadania, um instrumento dinâmico que compila direitos e benefícios em favor dos nacionais, e residentes permanentes dos Estados Partes; contemplados no acervo jurídico vigente do bloco.